A
casa que serviu de residência para a família Minssen, localizada na Rua
Comendador Fontoura, 212, Bairro Rio Branco, foi construída em 1913 por Augusto
Wilhelm. É por isto uma das mais antigas ainda existentes no bairro que foi aberto em 1912.
Villa Adolfina - Bairro Rio Branco - fototeca Museu Municipal |
Chamava atenção a inscrição que
a casa trazia em seu frontão: “Villa Adolphina”. A denominação homenageava
Adolfina Moser Wilhelm, esposa de Augusto Wilhelm.
A família Wilhelm morou na casa
até 1924, ano em que se transferiu para a nova casa construída por Augusto, na
esquina da Rua Presidente Vargas com Isidoro Neves da Fontoura, onde depois
residiu por vários anos o filho mais novo de Augusto e Adolfina, Dr. Eurico
Wilhelm.
2.ª residência de Augusto Wilhelm - acervo COMPAHC |
Em 1926, João Minssen adquiriu a "Villa Adolfina" por 30 contos de réis e a inscrição do frontão foi modificada para “Villa
Minssen”. Minssen teve prioridade para aquisição da casa por ser casado com
Frida, sobrinha de Augusto Wilhelm.
As irmãs Anna, Sara e Otília
Minssen, que habitaram a casa por décadas, contavam que Augusto Wilhelm, antes
de dar início à sua construção, providenciou na abertura de um poço para
abastecimento dos operários e da obra. O poço, todo cimentado, tinha 16 metros
de profundidade. Em 1933, João Minssen resolveu fechá-lo, certamente por
precaução, pois tinha vários filhos pequenos e já contava com água encanada em
sua casa. Em 1992, as irmãs reabriram o poço e mandaram examinar a água, que
mostrou-se potável apesar do tempo que esteve fechado!
A casa ao tempo em que as irmãs Anna, Sara e Otília Minssen lá residiam - acervo COMPAHC |
A sala de estar da casa possui
pinturas murais feitas em 1941, além de conservar medalhões pintados junto ao teto
que remontam ao ano da construção.
A “Villa Minssen” é inventariada
pelo COMPAHC – Conselho Municipal do Patrimônio Histórico-Cultural.
Em 1924, a casa foi alugada para servir de residência e consultório do Dr. Luiz Ferrari, formado em Medicina pela Universidade de Frankfurt, e que também atendia na “Pharmácia do Povo”, de José Gallisa, à Rua Sete de Setembro, nº 114, das 10 às 11 horas e das 14 ás 16 horas (Jornal “O Commercio – 18.06.1924 – pág.1)”
ResponderExcluirHilberto, que informação preciosa. Obrigada!
ResponderExcluirMirian Ritzel