Cachoeira
sediou o I Congresso de Rizicultores do Rio Grande do Sul nos dias 7 e 8 de
março de 1940. Promovido pela União Central de Rizicultores, o congresso
confirmava a importância de nossa cidade no cenário orizícola do Estado desde
os primeiros anos do século XX, quando Cachoeira firmou-se como polo de produção e
de inovação tecnológica da cultura do arroz.
Vista aérea de Cachoeira pela época do Congresso de Rizicultores - fototeca do Museu Municipal |
O Congresso recebeu delegações de
produtores de Dom Pedrito, Rosário, São Lourenço, Arroio Grande, Alegrete, São
Gabriel, Tapes, Canoas, Rio Pardo, Camaquã, Guaíba, São Sepé, Venâncio Aires,
Itaqui, Pelotas, Livramento, Rio Grande, Uruguaiana, Viamão e Osório. Cachoeira
foi representada por José Joaquim de Carvalho, Floriano Neves da Fontoura e Dr.
Bonifácio Carvalho Bernardes.
Dentre as reivindicações dos
rizicultores estavam a fixação do preço mínimo do arroz, exclusão do arroz do
tabelamento oficial, crédito agrícola pela carteira do Banco do Brasil com
facilitação de empréstimos e redução das taxas de financiamento, dilatação dos
prazos para créditos destinados à aquisição de material agrário, estímulo à
exportação do arroz, revisão tarifária dos fretes, regulamentação do código de
águas, assistência técnica às lavouras orizícolas, fornecimento de máquinas
agrícolas pelo governo a preço de custo e atuação do IRGA exclusivamente na
defesa dos assuntos dos produtores, dentre outras.
Os termos do documento apresentado
ao final do Congresso foram redigidos e assinados por Orlando da Cunha Carlos
(Cachoeira), Térbio Montenegro Barbosa (Tapes) e Luiz Nabor Pífero (Uruguaiana).
Um ano depois, Cachoeira realizaria, com grande pompa, a I Festa do Arroz.
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