Espaços urbanos

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Ponte do Fandango - foto Robispierre Giuliani

domingo, 14 de julho de 2013

Banco Nacional do Comércio

Banco Nacional do Comércio - imagem Santander Cultural
- gentileza Mico Vargas

       Na década de 1910 e início da seguinte, quando Cachoeira já se projetava no cenário estadual como uma das potências econômicas, os grandes bancos começaram a abrir agências na cidade. O primeiro foi o Banco da Província, em 1911, seguido pelo Banco Nacional do Comércio, em 1916, pelo Banco do Brasil, em 1919, e pelo Banco Pelotense, em 1922.

       O Banco Nacional do Comércio, instituição fundada em Porto Alegre no ano de 1895, assim como outros que depois se estabeleceram, começou a atuar com uma pequena representação em Cachoeira. Instalada na casa comercial de Cunha & Cia., na Rua Sete de Setembro, lá ocupava um salão especialmente destinado para esse fim, tendo aberto suas portas para o atendimento dos interessados em abril de 1916. Naquela época, o quadro de funcionários contava com Oswaldo Schilling, contador, Francisco Antunes da Cunha, gerente, e Leonel Friedrich, subgerente.

          Com o crescimento natural dos negócios, o estabelecimento de crédito instalou-se em edifício próprio à Rua Sete de Setembro nº 160. “Luz e ar em abundância existem nas dependências do novo edifício, reconstruído pela firma Plentz e Ermel, e que pelo seu belo frontispício concorre para o embelezamento da parte norte da Rua Sete de Setembro”, dizia o jornal O Commercio, edição de 16 de janeiro de 1918. Com o empreendimento, o Banco Nacional do Comércio foi o primeiro a instalar-se em sede própria na cidade.

À esquerda, vê-se a cabeça de Mercúrio sobressaindo no alto da fachada
do Banco Nacional do Comércio - fototeca Museu Municipal

Vista geral da agência do Banco Nacional do Comércio
- coleção Claiton Nazar

E segue o jornal O Commercio, naquela edição de janeiro de 1918: “Tivemos ocasião de percorrer, em companhia do contador, Sr. Aldomiro Franco, as diversas dependências, entre as quais, além do salão principal, notamos a sala reservada para a gerência e o compartimento da casa forte, destinado a guardar os livros e valores do estabelecimento.

O prédio que serviu de agência àquele estabelecimento ainda está na Rua Sete de Setembro, abrigando a loja Dois Irmãos. Do alto de sua fachada, Mercúrio, representando o comércio, ainda que mutilado, espreita o movimento de nossa mais importante via pública.

Mercúrio no alto da fachada - foto Nelda Scheidt

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