Banco Nacional do Comércio - imagem Santander Cultural - gentileza Mico Vargas |
Na década de 1910 e início da seguinte, quando Cachoeira já se projetava no cenário estadual como uma das potências econômicas, os grandes bancos começaram a abrir agências na cidade. O primeiro foi o Banco da Província, em 1911, seguido pelo Banco Nacional do Comércio, em 1916, pelo Banco do Brasil, em 1919, e pelo Banco Pelotense, em 1922.
O Banco Nacional do Comércio, instituição fundada em Porto Alegre no ano de 1895, assim como outros que depois se estabeleceram, começou a atuar com uma pequena representação em Cachoeira. Instalada na casa comercial de Cunha & Cia., na Rua Sete de Setembro, lá ocupava um salão especialmente destinado para esse fim, tendo aberto suas portas para o atendimento dos interessados em abril de 1916. Naquela época, o quadro de funcionários contava com Oswaldo Schilling, contador, Francisco Antunes da Cunha, gerente, e Leonel Friedrich, subgerente.
Com o crescimento natural dos negócios, o estabelecimento de crédito instalou-se em edifício próprio à Rua Sete de Setembro nº 160. “Luz e ar em abundância existem nas dependências do novo edifício, reconstruído pela firma Plentz e Ermel, e que pelo seu belo frontispício concorre para o embelezamento da parte norte da Rua Sete de Setembro”, dizia o jornal O Commercio, edição de 16 de janeiro de 1918. Com o empreendimento, o Banco Nacional do Comércio foi o primeiro a instalar-se em sede própria na cidade.
À esquerda, vê-se a cabeça de Mercúrio sobressaindo no alto da fachada do Banco Nacional do Comércio - fototeca Museu Municipal |
Vista geral da agência do Banco Nacional do Comércio - coleção Claiton Nazar |
E segue o jornal O Commercio, naquela edição de janeiro de 1918: “Tivemos ocasião de percorrer, em companhia do contador, Sr. Aldomiro Franco, as diversas dependências, entre as quais, além do salão principal, notamos a sala reservada para a gerência e o compartimento da casa forte, destinado a guardar os livros e valores do estabelecimento.
O prédio que serviu de agência àquele estabelecimento ainda está na Rua Sete de Setembro, abrigando a loja Dois Irmãos. Do alto de sua fachada, Mercúrio, representando o comércio, ainda que mutilado, espreita o movimento de nossa mais importante via pública.
Mercúrio no alto da fachada - foto Nelda Scheidt |
Este prédio deveria estar tombado!
ResponderExcluirSuzana, o prédio está inventariado. Então, já tem proteção.
ExcluirObrigada!