Há 197
anos, quando o Ouvidor Geral e Corregedor Joaquim Bernardino de Sena Ribeiro da
Costa mandou reunir o povo e os “homens de bem” da freguesia no local de
levantamento do pelourinho, aqueles que tiveram o privilégio de deixar suas
assinaturas no primeiro livro da nossa história deviam estar cheios de
expectativas. Finalmente a povoação, ainda acanhada em suas instalações e
dependente de Rio Pardo, poderia andar com suas próprias pernas e gerenciar
seus negócios. A caminhada foi longa, grandes os desafios e dificuldades que se
verificaram naqueles primeiros tempos da Vila Nova de São João da Cachoeira.
Assinatura de Joaquim Bernardino de Senna Ribeiro da Costa - 1820 - Acervo documental Arquivo Histórico do Município |
O tempo
cumpriu sua marcha, como tem que ser. A distância temporal entre 1820 e 2017
dilui-se graças à história e aos documentos produzidos nesse longo período. Não
estivessem eles preservados, o abismo entre os dois períodos jogaria todos num
vazio histórico desprovido de nomes, atos e registros.
Neste 5 de
agosto de 2017, Cachoeira do Sul pode-se orgulhar de recontar aquele 5 de agosto
de 1820 e buscar nos nomes e atos daquele dia o registro da história
político-administrativa graças a importantes instituições municipais de
cultura: o Arquivo Histórico e o Museu Municipal.
Criado
justa e propositalmente num dia 5 de agosto, no ano de 1987, o Arquivo
Histórico é depositário da documentação histórica conservada desde então. Referência
não só para Cachoeira do Sul, mas para todos os municípios que se emanciparam
do imenso território dos domínios iniciais, o Arquivo guarda com zelo e
disponibiliza com critério e responsabilidade os registros que remetem aos
homens e atos que tiveram o compromisso de levar a Vila até que se tornasse
Cidade e assim por diante, construindo o caminho que desembocou neste dia 5 de
agosto de 2017.
Logo criado por Giancarlo Borges - 2008 |
O Museu
Municipal de Cachoeira do Sul – Patrono Edyr Lima, vitrine dos nomes, atos e
registros da nossa história, instalado no recém-restaurado prédio do Paço
Municipal, ressaltará e valorizará a capacidade de materialização do imenso
conteúdo histórico que o passado nos legou.
Logo criado por Cristianno Caetano |
Mas a
história vive de nomes, atos e registros. Se o correr do tempo encaminha-nos
brevemente para o bicentenário desta terra, necessário e justo é que se
registre que adentramos definitivamente numa nova era de valorização e difusão
de nossa memória graças à ação voluntária e visionária de um grupo de cidadãos
que emprestam seus nomes para grandes atos, sensibilizando a comunidade e o poder público municipal. Que fique o justo registro: Movimento
pela Restauração do Paço Municipal e Museu no Paço já!
Entendo que a comunidade deve iniciar logo o trabalho para organizar os grandes e festivos eventos para a comemoração do aniversário do bi-centenario.
ResponderExcluirConcordo, Alberto!
ResponderExcluirAbraço.
Muito bom este registro Mírian! A sociedade de Cachoeira não irá esquecer quem realmente trabalhou para a recuperação do Paço Municipal! Agora sugiro reforçarmos a lógica sugestão de que também o Arquivo Histórico deve ir para o Paço.
ResponderExcluirObrigada, Suzana!
Excluir"O PASSADO NO PRESENTE E NAS FUTURAS GERAÇÕES".
ResponderExcluir*Parabéns a todos Aqueles que se Importam em Trabalhar na Preservação/Manutenção do Legado Deixado por Nossos Antepassados, Nossa Identidade Estará Assegurada.
Certamente! A história precisa de suas provas materiais.
ExcluirAbraço.
O resgate da nossa história às futuras gerações, construída por ações e mãos de pessoas abnegadas em manter viva a memória de um povo.
ResponderExcluirA memória é o elo que podemos manter com o passado. E é imprescindível!
Excluir