Reza a história que a Praça do Pelourinho – ou a nossa velha e triste José Bonifácio – começou a ter seu terreno demarcado no dia 1º de fevereiro de 1830. Os vereadores, reunidos em sessão naquele dia, decidiram visitar as ruas e praças da Vila, sendo a Praça do Pelourinho a primeira a receber o procurador da Câmara, o fiscal e o arruador para esquadrejar, medir e demarcar o seu terreno, fixando os limites e dimensões da sua área em 400 palmos de frente a Norte, o mesmo de frente a Leste, em quadro, com fundos a Sul. Os ditos 400 palmos correspondem a 88 metros lineares. Assim sendo, o terreno da praça estendia-se entre as atuais ruas Saldanha Marinho e Moron.
Mas os documentos da Câmara dão a entender que a demarcação feita em 1830 só foi efetivamente concretizada em maio de 1848, quando o engenheiro indicado pela Câmara, Manoel Christianno da Silveira, vistoriou o local. Houve a deliberação de que a praça teria então 600 palmos de largura e de comprimento o correspondente à extensão entre a Rua Santo Antônio (atual Saldanha Marinho) e a da Igreja (atual Moron). No dia 23 de maio daquele ano, o Juiz Municipal da Vila recebeu a planta da praça elaborada pelo engenheiro e determinou o levantamento dos marcos de pedra para a efetiva demarcação do recinto da Praça do Pelourinho.
Como se vê, a história da nossa triste praça tem muito de abandono...
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Praça José Bonifácio descampada |
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Praça J. Bonifácio com paineiras recém-plantadas e cerca de taquaras
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A praça em seu período aúreo - final da década de 1920
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Retrato atual do descaso - foto Renate S. Aguiar |
Imagens: fototeca do Museu Municipal
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