Julho é um mês em que historicamente as iniciativas de iluminação da cidade de Cachoeira, lá na primeira década do século XX, tiveram impulso significativo. A respeito disto, o jornal O Commercio (1900-1966) publicou as seguintes informações:
“Sábado, 20 do corrente, assistimos à experiência feita pelo Sr. Albino Pohlmann, iluminando um dos salões de suas oficinas com o aparelho “eletromotriz”, fabricado nas mesmas pelos irmãos Pohlmann, Albino e Guilherme. Posto em ação esse aparelho, um dínamo de 120 velas, foi o salão completamente iluminado por uma lâmpada à incandescência, cuja luz firme sem a mínima oscilação manteve sempre o máximo de sua intensidade. Intercalado no circuito um arco voltaico, produziu-se neste um foco luminoso de efeito surpreendente. É admirável a capacidade com que o hábil mecânico, Sr. Albino, executa as mais delicadas obras de sua arte máxime, levando-lhe em conta a deficiência de suas oficinas e a escassez de sua instrução técnica, a qual e, aliás, vem conquistando dia a dia à força de estudos e de perseverança.” (O Comércio, 24/7/1901, p. 2).
Em 18 de julho de 1910, segundo registra o Relatório da Intendência daquele ano, foi firmado contrato com a firma Lima & Martins para execução do serviço completo de instalação elétrica para iluminação. Era intendente Isidoro Neves da Fontoura.
O serviço de iluminação pública da cidade só começou a se firmar a partir de 1912, com o início do funcionamento da Usina Municipal, cujo prédio ainda existe, bastante modificado, na esquina da Rua Moron com Dr. Milan Kras.
Cartão-postal da série de Benjamin Camozato (1916-1917), mostrando o prédio da Usina Municipal, localizado aos fundos da Praça José Bonifácio - fototeca do Museu Municipal |
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