Espaços urbanos

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Ponte do Fandango - foto Robispierre Giuliani

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Mais um notável escritor em visita a Cachoeira


       No mês de fevereiro de 1918, mais precisamente no dia 4, outro notável escritor, a exemplo de Coelho Neto, em 1907, e Olavo Bilac, em 1916, fez uma apresentação pública em Cachoeira, deleitando os apreciadores da literatura no primeiro quartel do século XX: o gabrielense Alcides Maya. O local da apresentação foi o Clube Renascença que se localizava na Rua Sete de Setembro, ocupando o prédio cuja fachada existe até hoje e ficou conhecido como sede da União de Moços Católicos.

Clube Renascença - Rua 7 de Setembro - fototeca do Museu Municipal

         Alcides Castilho Maya (1878-1944) deixou obra literária marcadamente regionalista, pois abordava temas ligados à campanha do Rio Grande do Sul, ressaltando usos e costumes e chamando a atenção para o êxodo rural e as suas consequências sociais, econômicas e culturais. Dentre as obras, destaque para Ruínas vivas, Tapera e Alma bárbara.

Alcides Maya

         Quando visitou Cachoeira, Alcides Maya já era membro da Academia Brasileira de Letras, onde ingressou em 1913, sendo o primeiro gaúcho a ocupar cadeira naquela instituição. 1918 também marcou sua entrada na Câmara dos Deputados como representante do Rio Grande do Sul. A atuação durante o mandato como deputado foi voltada para a educação e a cultura.
         Alcides Maya dirigiu o Arquivo Público do Estado e o Museu Júlio de Castilhos.

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