No
mês de fevereiro de 1918, mais precisamente no dia 4, outro notável
escritor, a exemplo de Coelho Neto, em 1907, e Olavo Bilac, em 1916, fez uma apresentação pública
em Cachoeira, deleitando os apreciadores da literatura no primeiro quartel do
século XX: o gabrielense Alcides Maya. O local da apresentação foi o Clube
Renascença que se localizava na Rua Sete de Setembro, ocupando o prédio cuja
fachada existe até hoje e ficou conhecido como sede da União de Moços
Católicos.
Clube Renascença - Rua 7 de Setembro - fototeca do Museu Municipal |
Alcides Castilho Maya (1878-1944) deixou
obra literária marcadamente regionalista, pois abordava temas ligados à
campanha do Rio Grande do Sul, ressaltando usos e costumes e chamando a atenção
para o êxodo rural e as suas consequências sociais, econômicas e culturais.
Dentre as obras, destaque para Ruínas vivas,
Tapera e Alma bárbara.
Alcides Maya |
Quando visitou Cachoeira, Alcides Maya
já era membro da Academia Brasileira de Letras, onde ingressou em 1913, sendo o
primeiro gaúcho a ocupar cadeira naquela instituição. 1918 também marcou sua
entrada na Câmara dos Deputados como representante do Rio Grande do Sul. A
atuação durante o mandato como deputado foi voltada para a educação e a
cultura.
Alcides Maya dirigiu o Arquivo Público
do Estado e o Museu Júlio de Castilhos.
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