Há
exatos 86 anos o jornal O Commercio
(1900-1966), edição de 28 de março de 1928, noticiava que, por iniciativa
particular e de acordo com a Municipalidade, foi remodelado “o calçamento que
tinha sido feito ainda no tempo do Brasil monárquico”, no extremo sul da Rua
Moron, lugar mais conhecido como “caminho da praia”.
Caminho da praia - cartão-postal da fototeca Museu Municipal |
O
jornal acertou ao afirmar que o caminho da praia era do tempo do Brasil monárquico,
uma vez que foi concluído pelo empreiteiro Fidêncio Pereira Fortes no ano de 1856.
Em
1928, problemas de depressões em vários pontos do caminho constituíam o pavor
dos carroceiros que o denominavam de “mata-burros”. Assim, Alcides Machado de
Oliveira, comerciante, e a firma Matte, Gaspary & Cia., proprietária do
Grande Engenho Central, estabelecidos nas proximidades da margem do Jacuí,
tomaram a iniciativa das obras.
Porto e Engenho Central - cartão-postal da fototeca do Museu Municipal |
Esgotados
os comerciantes em seus recursos, coube à Intendência Municipal o
encascalhamento e o abaulamento da Rua Moron, desde a Rua Conde de Porto Alegre
até onde começava o calçamento. Como a iniciativa era do interesse geral,
várias firmas colaboraram financeiramente, permitindo que os trabalhos de
calçamento fossem contratados a Álvaro Carvalho Lewis ao custo de 14:000$000
réis.
Para
o calçamento foi aproveitada a pedra graúda ali existente, cuja colocação deu
tão bons resultados quanto à duração, sendo a base de terra e areia.
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