Espaços urbanos

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Temporal no Centro Histórico - foto Francisco Nöller

sexta-feira, 28 de março de 2014

Caminho da praia do Jacuí - melhoramento importante em 1928

Há exatos 86 anos o jornal O Commercio (1900-1966), edição de 28 de março de 1928, noticiava que, por iniciativa particular e de acordo com a Municipalidade, foi remodelado “o calçamento que tinha sido feito ainda no tempo do Brasil monárquico”, no extremo sul da Rua Moron, lugar mais conhecido como “caminho da praia”.

Caminho da praia - cartão-postal da fototeca Museu Municipal

O jornal acertou ao afirmar que o caminho da praia era do tempo do Brasil monárquico, uma vez que foi concluído pelo empreiteiro Fidêncio Pereira Fortes no ano de 1856.

Em 1928, problemas de depressões em vários pontos do caminho constituíam o pavor dos carroceiros que o denominavam de “mata-burros”. Assim, Alcides Machado de Oliveira, comerciante, e a firma Matte, Gaspary & Cia., proprietária do Grande Engenho Central, estabelecidos nas proximidades da margem do Jacuí, tomaram a iniciativa das obras.

Porto e Engenho Central - cartão-postal da fototeca do Museu Municipal

Esgotados os comerciantes em seus recursos, coube à Intendência Municipal o encascalhamento e o abaulamento da Rua Moron, desde a Rua Conde de Porto Alegre até onde começava o calçamento. Como a iniciativa era do interesse geral, várias firmas colaboraram financeiramente, permitindo que os trabalhos de calçamento fossem contratados a Álvaro Carvalho Lewis ao custo de 14:000$000 réis.

Para o calçamento foi aproveitada a pedra graúda ali existente, cuja colocação deu tão bons resultados quanto à duração, sendo a base de terra e areia. 

Os carroceiros, grandes beneficiados da obra, sem poderem investir dinheiro na empreitada, encontraram uma forma de colaborar: carregavam a areia gratuitamente.

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