As ruas de
Cachoeira têm sido palco das folias de Momo há mais de um século. Inicialmente
bandos de mascarados invadiam as ruas em brincadeiras barulhentas para saudar a
alegria típica do período de carnaval e incitar a cidade a participar da folia.
Depois começaram a se organizar os primeiros bailes, geralmente de máscaras, e
as sociedades locais passaram a promover para seus sócios noites de alegria,
embalando-os ao som das bandas musicais existentes e envolvendo-os em atmosfera
repleta de confetes, serpentinas e do ainda inocente lança-perfume.
Os desfiles de
rua também passaram a marcar presença obrigatória nas comemorações de Momo. Cachoeira, a
exemplo de outras cidades, entregou suas ruas à criatividade dos carnavalescos.
A organização das chamadas escolas de samba, responsáveis pelos desfiles de rua
atuais, têm história mais recente. Naqueles tempos, ao contrário de hoje,
grupos, blocos e sociedades organizavam carros alegóricos ao seu critério,
havendo inclusive concursos que escolhiam o carro melhor ornamentado e aquele
que carregasse os foliões mais animados.
Carro alegórico do Bloco Alvi-Rubro - carnaval de 1922 Autor: Torquato Ferrari - acervo familiar |
O uruguaio radicado em Cachoeira Torquato Ferrari foi um entusiasta carnavalesco que colocou sua
habilidade e criatividade de escultor a serviço da folia, criando carros alegóricos que fizeram história no carnaval de Cachoeira.
Na década de 1930, segundo noticia a imprensa, visitantes de outras cidades, como
Santa Maria, Caçapava e Rio Pardo, deslocavam-se para Cachoeira a fim de
assistirem aos desfiles de rua e apreciar os incríveis carros alegóricos que desfilavam.
Carro alegórico executado por Torquato Ferrari - acervo familiar |
O uruguaio Torquato Ferrari - foto de 1941 - acervo familiar |
Nenhum comentário:
Postar um comentário