Espaços urbanos

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Ponte do Fandango - foto Robispierre Giuliani

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Hospital de Caridade - mais histórias dos 111 anos de história

Como sabemos, o Hospital de Caridade nasceu da união comunitária. O advogado Ernesto Barros, utilizando-se das páginas do jornal O Commercio, fez um "Apelo aos corações generosos", dando início a uma subscrição popular que arrecadou recursos para a tão almejada e necessária obra.

Prédio do 1.º Hospital - acervo COMPAHC

Em 8 de agosto de 1906, quatro anos antes da concretização do sonho dos cachoeirenses, o Vice-Intendente e médico Dr. Cândido Alves Machado de Freitas, um dos grandes entusiastas da causa, enviou uma carta ao citado jornal dando conta do montante que até então havia sido levantado em prol do Hospital, 771$710 réis, e a longa relação dos primeiros contribuintes. Chama atenção o engajamento das pessoas, pois muitas delas ofereciam seus serviços ao invés de dinheiro, o que por si só demonstra a importância da causa. As doações em dinheiro são dos mais variados valores, o que confirma que a campanha atingiu as diferentes camadas sociais da cidade.

Segue a relação dos primeiros contribuintes que participaram com doação de materiais ou serviços:
- Epaminondas Barcellos - 10.000 tijolos
- Augusto Wilhelm - mão-de-obra para todo o vigamento
- Manoel Gomes Pereira, construtor, uma semana de serviço com todo seu pessoal na colocação da pedra fundamental e na construção do edifício
- Higyno Livi, construtor, vinte dias de serviços de pedreiro
- Antonio Marques Ribeiro - 200 pipas d'água
- José Sebastião Vieira da Cunha - 2.000 telhas
- Francisco Teixeira Guimarães - obriga-se pela pintura do edifício
- José Leopoldino Marques - 30 dias de serviço no assoalho ou forro
- Frederico Wilhelm - em serviços de carpinteiro e esquadrias
- Ignacio Loureiro - toda a pedra que for necessária para os alicerces
- Antonio Thomaz da Fontoura - 10 carradas de areia
- José Franco de Azevedo - 10 carradas de areia
- Miguel Thomaz da F. Sobrinho - 5 carradas de areia
- Manoel Marques da Silveira - 2.000 tijolos
- Alfredo Souto - 1.000 telhas
- Miguel Paiva - feitio da porta principal do edifício
- Laureano Araujo - caiação da parte de dentro do edifício
- O Commercio - 1.000 envelopes e 1.000 circulares
- Julio Peixoto - escritura da compra do terreno para o Hospital
- Carlos Barros - obriga-se pelo valor de uma rês bem gorda
- André Bello de Castro - a importância de um documento a receber
- Galvão Alvares de Abreu - colchões e cobertores precisos
- Claudiano Moura - colchas e lençóis necessários
         Em outra oportunidade, será publicada a relação dos primeiros contribuintes em dinheiro.

2 comentários:

  1. Como sempre uma fonte de consulta obrigatória, obrigado por mais essa oportunidade.

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  2. Divulgar, divulgar, divulgar. Só assim as pessoas irão se apropriar de sua própria história, primo Hugo!

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