A casa que hospedou D. Pedro II em 1846 desapareceu das nossas vistas. Mas, volta e meia, nos deparamos com alguma lembrança da sua existência.
Renate Schmidt Aguiar foi em busca de um jardim de outra casa que encanta os que apreciam história e patrimônio, e lá encontrou lembranças daquela que hospedou D. Pedro II. Duas estátuas, uma de Outono, decapitada, e outra de Apolo, além de alguns azulejos portugueses, relíquias salvas da destruição ou abandono pela D. Salita, mãe do dono do jardim, Ricardo Abreu.
A Casa das Bem-Bem às vésperas do desaparecimento - acervo Museu Municipal |
Mas que casa era essa, construída ainda na primeira metade do século XIX, que dispunha de adornos refinados numa vila pouco habituada ainda aos confortos e belezas residenciais?
A casa foi construída pelo médico Jozé Afonso Pereira, homem de hábitos refinados, culto e frequentador da Corte. Era de tal sorte bem equipada que se distinguia das demais da Vila Nova de São João da Cachoeira, e os vereadores, reunidos em sessões para planejamento da recepção ao Imperador, optaram por ela para acomodá-lo enquanto hóspede em sua rápida passagem por aqui em janeiro de 1846.
O Museu Municipal de Cachoeira do Sul – Patrono Edyr Lima possui um conjunto de azulejos da extinta fachada que repousam no Recanto da Memória e uma cópia da monografia de Jussara Maria Motta Schumacher, intitulada Estudo Arquitetônico de uma Casa de Porão Alto, que traz informações e fotografias dessa bela e desaparecida casa, símbolo que foi da nossa importância histórica.
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