Espaços urbanos

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Ponte do Fandango - foto Robispierre Giuliani

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Ainda sobre a casa que hospedou D. Pedro II...

A casa que hospedou D. Pedro II em 1846 desapareceu das nossas vistas. Mas, volta e meia, nos deparamos com alguma lembrança da sua existência.

A Casa das Bem-Bem às vésperas do desaparecimento - acervo Museu Municipal
Renate Schmidt Aguiar foi em busca de um jardim de outra casa que encanta os que apreciam história e patrimônio, e lá encontrou lembranças daquela que hospedou D. Pedro II. Duas estátuas, uma de Outono, decapitada, e outra de Apolo, além de alguns azulejos portugueses, relíquias salvas da destruição ou abandono pela D. Salita, mãe do dono do jardim, Ricardo Abreu.
Mas que casa era essa, construída ainda na primeira metade do século XIX, que dispunha de adornos refinados numa vila pouco habituada ainda aos confortos e belezas residenciais?
A casa foi construída pelo médico Jozé Afonso Pereira, homem de hábitos refinados, culto e frequentador da Corte.  Era de tal sorte bem equipada que se distinguia das demais da Vila Nova de São João da Cachoeira, e os vereadores, reunidos em sessões para planejamento da recepção ao Imperador, optaram por ela para acomodá-lo enquanto hóspede em sua rápida passagem por aqui em janeiro de 1846.
O Museu Municipal de Cachoeira do Sul – Patrono Edyr Lima possui um conjunto de azulejos da extinta fachada que repousam no Recanto da Memória e uma cópia da monografia de Jussara Maria Motta Schumacher, intitulada Estudo Arquitetônico de uma Casa de Porão Alto, que traz informações e fotografias dessa bela e desaparecida casa, símbolo que foi da nossa importância histórica.

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