Espaços urbanos

Espaços urbanos
Ponte do Fandango - foto Robispierre Giuliani

domingo, 28 de outubro de 2012

Centenário de nascimento de um herói de guerra


              O jornal O Commercio, edição de 16 de outubro de 1912, noticiava o nascimento de um menino que iria entrar para a história da II Guerra Mundial, honrando o exército nacional e sua terra natal: Floriano Möller.
                   O lar do nosso amigo João Antonio Möller, residente em São Leopoldo, encheu-se de alegria com o nascimento de um robusto menino, que veio à luz no dia 11 e recebeu o nome de Floriano.
            O “robusto menino” tornar-se-ia também robusto na sua trajetória militar. Coronel Engenheiro do Exército, Floriano Möller teve atuação destacada na II Guerra Mundial, quando comandou o primeiro grupo da Força Expedicionária Brasileira – FEB que entrou na Itália, juntamente com o IV Corpo do Exército Americano. A atuação de sua unidade, desobstruindo, recuperando e construindo pontes no front foi decisivo para a vitória dos Aliados.
     As missões e serviços prestados ao Exército renderam-lhe numerosas medalhas e condecorações. Em 1969, recebeu o título de Cidadão de Fortaleza, no Ceará, onde encerrou sua carreira militar.
    O Museu Municipal possui farto material e documentação do herói de guerra cachoeirense, falecido no Rio de Janeiro em 28 de maio de 1971, cujo centenário de nascimento transcorreu no último dia 16 de outubro.
      Em Cachoeira do Sul vivem seu filho Paulo e netos.

Floriano Möller - fototeca do Museu Municipal


quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Luz e força há 100 anos - Usina Municipal


      Começou a funcionar a Usina Municipal no dia 15 de outubro de 1912, tendo as máquinas necessárias sido instaladas em prédio mandado construir especialmente para este fim na extremidade norte da Rua Moron, defronte ao ângulo nordeste da Praça José Bonifácio.


Vista geral da cidade a partir do Bairro Rio Branco, vendo-se o prédio da Usina Municipal
com a chaminé, ao centro - fototeca do Museu Municipal

      A água para as caldeiras, que se localizavam no interior do prédio, era trazida por meio de bomba e longos canos de um poço construído à margem esquerda da sanga da Micaela, à pequena distância abaixo do paredão da Rua 15 de Novembro. No compartimento da frente, com piso ladrilhado, estavam colocadas duas máquinas.
 Os fios condutores da Rua Sete de Setembro foram reforçados, o que também ocorreu depois com as ruas adjacentes. A luz ficou mais forte pelo fato de a Usina estar localizada no centro da cidade. Antes, era fornecida pelo Engenho Central, localizado junto ao porto do Jacuí.


Engenho Central - primeiro fornecedor de energia elétrica
- fototeca do Museu Municipal

sábado, 13 de outubro de 2012

Balthazar de Bem e a importação de gado


       O Dr. Balthazar de Bem foi, de longe, um dos mais empreendedores cidadãos da Cachoeira. Além de uma bem sucedida carreira como médico, aventurou-se também na indústria, como proprietário da Charqueada do Paredão, onde fabricava o alimento Fabini, e foi fazendeiro, tendo introduzido em Cachoeira a raça Devon.

Dr. Balthazar de Bem

         Em outubro de 1912, conforme noticiava O Commercio, importou da Inglaterra, por intermédio da Sociedade Brasileira de Animação à Agricultura, com sede em Paris, dois terneiros das raças Hereford e Devon. Os animais, que se destinavam à sua Granja da Penha, localizada no 3.º Distrito, chamaram a atenção das pessoas ao subirem a Rua Sete de Setembro.
         Hoje Cachoeira do Sul é referência estadual e nacional na criação de gado da raça Devon. Dr. Balthazar de Bem já sabia das vantagens comerciais da raça há 100 anos!

Foto de Robispierre Giuliani

Albino Pohlmann e seu Humber


          Os irmãos Pohlmann, de quem já contamos algumas histórias, todas cheias de engenhosidade, também se aventuraram no negócio de transporte de passageiros. E no tempo em que automóvel era coisa muito rara por aqui!
            Albino Pohlmann adquiriu, em 1912, na Agência Bromberg & Cia., localizada na Rua Saldanha Marinho, um automóvel Humber destinado à condução de passageiros. O automóvel custou seis contos e quinhentos mil réis. A garage do “auto” ficava localizada junto ao Engenho Pohlmann, na Rua Sete de Setembro. A notícia do empreendimento foi dada pelo jornal O Commercio, de 2 de outubro de 1912.

Automóveis Humber - semelhante ao que Albino Pohlmann
adquiriu na Agência Bromberg em 1912
http://www.svvs.org/links5/1912%20Humber.jpg
Agência Bromberg - Rua Saldanha Marinho (esq. com a Milan Kras)
- fototeca do Museu Municipal

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

União de Moços Católicos - fundada há 88 anos


       A União de Moços Católicos foi fundada no dia 12 de outubro de 1924 e instalada na antiga sede do Clube Renascença, na Rua Sete de Setembro n.º 744, que ocupava a casa construída por José Custódio Coelho Leal por volta de 1850.

Clube Renascença, instalado na residência construída por José Custódio Coelho Leal
e depois sede da União de Moços Católicos - fototeca do Museu Municipal

        O jornal O Commércio (1900-1966) publicou, em sua edição do dia 10 de setembro de 1924, o seguinte convite:
       AOS MOÇOS DE CACHOEIRA

        Temos a honra de convidar-vos para uma reunião a realizar-se no domingo próximo, a 1 hora da tarde, no Conservatório de Música, a Rua 7 de Setembro, a fim de tratar-se da fundação da União de Moços Católicos nesta cidade, cujo fim consiste em reunir a mocidade para orientá-la nos sãos princípios cristãos e sociais e encaminhá-la na estrada do verdadeiro civismo, treinando as suas faculdades intelectuais por meio de reuniões frequentes, excursões, congressos, conferências, discursos, palestras sobre assuntos religiosos e patrióticos, mantendo cursos, bibliotecas, revistas, jornais para instrução dos sócios da mocidade em geral.
        Outros fins importantes serão esclarecidos na reunião preparatória. Tratando-se de preencher uma lacuna, proporcionando um ambiente social à altura das aspirações nobres da mocidade, esperamos o vosso comparecimento e valiosa colaboração em prol da fundação da União dos Moços, que será um acontecimento auspicioso e uma esperança de futuro.

Pe. Luiz Scortegagna
Floriano Neves
Manoel Fialho de Vargas
Octacilio Ribas
Jary C. de Abreu
Souto Menor
Manoel C. de Abreu
Miguel Fachin

Pe. Luiz Scortegagna com os Moços Católicos - acervo Ricardo Abreu

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Histórias do Parlamento Cachoeirense

      A 28.ª Feira do Livro de Cachoeira do Sul está terminando.
     A gama de obras oferecidas aos leitores é muito grande. Há livros de todos os gêneros, para todos os gostos e bolsos.
   Na última segunda-feira, houve o lançamento de um livreto intitulado Parlamento Cachoeirense. Algumas histórias que vivenciei, de Luiz Carlos Tompsen, servidor da Câmara durante 30 anos. A publicação, cuja renda das vendas será revertida à APAE, custa R$ 10,00.
     Dentre as várias histórias relatadas, registre-se esta, intitulada Funcionária nova:

   Dois funcionários da Casa foram pegar uma escada que estava no terraço. Não viram que a funcionária nova tinha ido atrás deles e pararam olhando para cima, para umas telhas mal-colocadas que estavam quase caindo.
   Foi quando a funcionária perguntou: "Para que aqueles espetos colocados lá em cima?"
   Indignado, um respondeu: "Não vês que aquilo são os para-raios da Câmara?"

   As bancas da 28.ª Feira do Livro aguardam você com muitas deliciosas histórias!


domingo, 7 de outubro de 2012

Série Lojas do Passado: A Avenida


          A Loja A Avenida, que pertencia a Ismael Pereira, foi adquirida por Cyro da Cunha Carlos em junho de 1915. O nome dado pelo novo proprietário era sugestivo da sua localização junto à Avenida das Paineiras, ao largo da Praça José Bonifácio, na esquina da Rua Sete de Setembro com a Andrade Neves. Em agosto de 1916 Carlos Wolff, proprietário do prédio em que a loja funcionava, vendeu-o a Cyro Carlos por Rs 14:000$000 (14 contos de réis).
Fazendas, miudezas, modas, chapéus, artigos para homens eram os produtos comercializados na loja que ficava "defronte ao Coliseu Cachoeirense", conforme informavam os reclames comerciais.
Em junho de 1919, a loja passou para a propriedade de Vicente O. Valli que continuou com o mesmo ramo de negócios e no mesmo prédio.

Vicente Valli (1913) - acervo familiar

Em 1924, A Avenida estava fechada.