O primeiro cemitério da Vila Nova de São João da Cachoeira, ou seja, o local que foi destinado e planejado para sepultar dignamente os mortos, evitando a prática de usar a Igreja Matriz e seu entorno para tal fim é o Cemitério das Irmandades Conjuntas, datado de 1833.
Mas a história começou bem antes. Em 1827, a situação dos sepultamentos dentro da Igreja Matriz tinha chegado ao limite, motivando o cirurgião-mor Gaspar Francisco Gonçalves a fazer um sério alerta aos vereadores. Nas palavras do médico, a insalubre condição da Igreja Matriz, em razão dos efeitos da putrefação dos corpos em paredes com vedação ineficiente, era causa de disseminação de doenças entre a população.
O fato é que o assunto sepultamento causava na recém-instalada vila um certo desconforto. De um lado o vigário, cujas rendas obtidas dos sepultamentos estava ameaçada de minguar; o cirurgião-mor, por sua vez, era homem experiente em sanitarismo, tema desconhecido da maioria das autoridades e menos ainda pelo povo, com vivência suficiente para saber exatamente o que estava defendendo. E havia também os interesses das Irmandades Conjuntas da Igreja Matriz.
No dia 21 de outubro de 1827, uma resolução entre as quatro Irmandades existentes (Santíssimo Sacramento, Nossa Senhora da Conceição Padroeira, Nossa Senhora do Rosário dos Pretos e São Miguel e Almas)tentou acordar a questão. Ficou decidido que as irmandades edificassem um cemitério geral para sepultamento de toda e qualquer pessoa, em terreno adjacente à Aldeia, doação do membro da Irmandade do Santíssimo, Capitão Bernardo Moreira Lírio, e que fossem salvaguardados os direitos paroquiais. A obra deveria ser cercada por valo e ser benzida pelo vigário Ignácio Francisco Xavier dos Santos. Assinaram a resolução o vigário, o escrivão das Irmandades Joaquim dos Santos Xavier Marmello, o procurador da Comarca Candido Ladislau, Gonçalo Monteiro, Domingos Pereira e Francisco de Carvalho (estes dois últimos analfabetos, deixaram seus sinais).
Depois do alerta de Gaspar Francisco Gonçalves e da resolução entre as Irmandades, decorreram seis longos anos até que de fato o Cemitério das Irmandades Conjuntas começasse a receber os sepultamentos.
Em 16 de janeiro de 1833, o vigário Ignácio Francisco Xavier dos Santos recebeu da Câmara as chaves do cemitério. Pelos assentos de óbitos, no dia 27 foi feito o sepultamento de uma recém-nascida chamada Leocádia, filha legítima de Francisco Jozé da Silva Moura e Joaquina Severa, sendo provavelmente a que inaugurou o campo santo de forma oficial.
Adjacente à Aldeia e portando até hoje o nome das Irmandades Conjuntas, o nosso primeiro cemitério segue a sua senda de receber todos aqueles que cumpriram aqui sua jornada, e guarda com ele uma história também quase bicentenária.
O fato é que o assunto sepultamento causava na recém-instalada vila um certo desconforto. De um lado o vigário, cujas rendas obtidas dos sepultamentos estava ameaçada de minguar; o cirurgião-mor, por sua vez, era homem experiente em sanitarismo, tema desconhecido da maioria das autoridades e menos ainda pelo povo, com vivência suficiente para saber exatamente o que estava defendendo. E havia também os interesses das Irmandades Conjuntas da Igreja Matriz.
No dia 21 de outubro de 1827, uma resolução entre as quatro Irmandades existentes (Santíssimo Sacramento, Nossa Senhora da Conceição Padroeira, Nossa Senhora do Rosário dos Pretos e São Miguel e Almas)tentou acordar a questão. Ficou decidido que as irmandades edificassem um cemitério geral para sepultamento de toda e qualquer pessoa, em terreno adjacente à Aldeia, doação do membro da Irmandade do Santíssimo, Capitão Bernardo Moreira Lírio, e que fossem salvaguardados os direitos paroquiais. A obra deveria ser cercada por valo e ser benzida pelo vigário Ignácio Francisco Xavier dos Santos. Assinaram a resolução o vigário, o escrivão das Irmandades Joaquim dos Santos Xavier Marmello, o procurador da Comarca Candido Ladislau, Gonçalo Monteiro, Domingos Pereira e Francisco de Carvalho (estes dois últimos analfabetos, deixaram seus sinais).
Depois do alerta de Gaspar Francisco Gonçalves e da resolução entre as Irmandades, decorreram seis longos anos até que de fato o Cemitério das Irmandades Conjuntas começasse a receber os sepultamentos.
Pórtico do Cemitério das Irmandades - COMPAHC |
Em 16 de janeiro de 1833, o vigário Ignácio Francisco Xavier dos Santos recebeu da Câmara as chaves do cemitério. Pelos assentos de óbitos, no dia 27 foi feito o sepultamento de uma recém-nascida chamada Leocádia, filha legítima de Francisco Jozé da Silva Moura e Joaquina Severa, sendo provavelmente a que inaugurou o campo santo de forma oficial.
Adjacente à Aldeia e portando até hoje o nome das Irmandades Conjuntas, o nosso primeiro cemitério segue a sua senda de receber todos aqueles que cumpriram aqui sua jornada, e guarda com ele uma história também quase bicentenária.