Espaços urbanos

Espaços urbanos
Ponte do Fandango - foto Robispierre Giuliani

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Igreja Santo Antônio

                No dia 18 de novembro de 1921 chegaram a Cachoeira os primeiros padres redentoristas. Vinham com o objetivo de fundar um convento para formação de religiosos e uma capela.
                Quando chegaram, os padres foram morar em uma pequena casa próxima da Capela de São José, defronte ao Cemitério Municipal. Depois passaram residir no Império, salão próximo à Igreja Matriz, local de realização das festas do Divino Espírito Santo.
                Logo na chegada, os padres se dedicaram à procura de local onde instalar o convento. Escolheram um terreno alagadiço no Bairro Fialho, atual Bairro Santo Antônio, oferecido pela proprietária Antoninha Fialho, com a condição de que a capela recebesse a invocação de Santo Antônio.
                Em agosto de 1927 foi inaugurado o convento e na sua sala mais ampla instalada a primitiva capela de Santo Antônio. Seis anos após, foi lançada a pedra fundamental da igreja, executada a partir de projeto de José Lutzenberger. A inauguração, em outubro de 1937, se deu mesmo com a igreja ainda não totalmente acabada.
Em 1957 foi criada a Paróquia de Santo Antônio, permanecendo sob o comando dos padres redentoristas até novembro de 1994.
            
Projeto do interior da Igreja Santo Antônio
- autor: José Lutzenberger

Vista parcial da Igreja - acervo COMPAHC


               

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Deus salve a Ponte... e quem trabalha por ela!

      A Ponte de Pedra, monumento da nossa grandeza histórica, está a salvo!
   Benditos voluntários do Grupo de Recuperação! Benditos soldados do Sargento Rauber! Magnífico 3.º BECmb com seu Comandante Melo!
    Há uma bela frase de D. Hélder Câmara que diz: “Quando os problemas se tornam absurdos, os desafios se tornam apaixonantes.”

Ponte de Pedra - 1/3/2011
Ponte de Pedra - 28/11/2011
Arco ruído da Ponte - 1/3/2011
Arco recuperado da Ponte - 28/11/2011

Fotos: Mirian Ritzel


quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Procura-se... beleza na velha Praça...

     Cada vez que passo pela velha Praça José Bonifácio procuro um naco de beleza e só encontro aquela que a natureza, nesta opulenta primavera, é capaz de produzir: os jacarandás - capengas - mas sempre lindos, as  tipuanas derramando as flores nos caminhos que os varredores insistem em varrer... (Mirian Ritzel)

Jacarandás e tipuanas explodindo em flor
Jacarandá nos fundos da Fonte das Águas Dançantes
Tapete de flores das tipuanas nas calçadas da Rua 7 de Setembro
Fotos: Mirian Ritzel

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Novembro de 1857: chegada dos primeiros imigrantes alemães à Colônia Santo Ângelo

        No começo de novembro de 1857, alguns falam no dia 1.º, outros no dia 5, aconteceu o desembarque dos primeiros imigrantes alemães destinados para a Colônia Santo Ângelo, assentada em matos devolutos entre o Rincão do Paraíso e o Cerro Agudo, local escolhido pela comissão formada pela Câmara de Cachoeira para tal fim. A destinação de colonos foi a alternativa encontrada pelo Governo Imperial para a ocupação e o desenvolvimento econômico do Rio Grande do Sul.
Planta da Colônia Santo Ângelo

        O grupo de primeiros imigrantes destinados à colônia de Cachoeira era proveniente da região da Pomerânia e partiu do porto de Hamburgo, desembarcando no porto de Rio Grande. De lá seguiu para Porto Alegre, de onde o vapor fluvial D. Pedro partiu conduzindo-o pelo rio Jacuí até Cerro Chato.
        Compunham o primeiro grupo as famílias de Franz Pötter, August Pötter, Julius Neujahr, Daniel Fiess, Wilhelm Holz e Peter Finger.
        A segunda leva de imigrantes chegou alguns dias depois, mais precisamente em 25 de novembro, e era composta por doze famílias: Roggenbach, Bartz, Streeck, Fenner, Leusin, Wilke, Roos, Laasch, Ritter, Seubert, Becker, Graffunder e mais o solteiro Hermann Raatz.
        A terceira leva, trazida pelo Barão von Kalden, era composta por brummers, alemães contratados pelo Governo Imperial para atuarem na guerra do Brasil contra o ditador argentino Rosas. Von Kalden era também um integrante desta legião e o acompanhavam August Brendler, Heinrich Haidmann, Wilhelm Köhn, Heinrich Eckert, Karl Koblens, Karl Homrich, Heinrich Ehlers, Wilhelm Buckow, Luiz Berger e Luiz Zimmermann.
        Os imigrantes alemães dedicaram-se primeiramente à agricultura. Deram um impulso imenso ao progresso de nosso município. A Colônia Santo Ângelo acabou constituindo distritos coloniais imprescindíveis à economia cachoeirense, notadamente produtores do arroz que teve grande desenvolvimento com o concurso do trabalho dos colonos. Estes distritos acabaram se emancipando de Cachoeira do Sul e hoje são municípios jovens e pujantes: Agudo, Novo Cabrais, Paraíso do Sul e Cerro Branco.

sábado, 19 de novembro de 2011

19 de novembro - Dia da Bandeira


HINO À BANDEIRA
Letra: Olavo Bilac
Música: Francisco Braga

Salve lindo pendão da esperança!
Salve símbolo augusto da paz!
Tua nobre presença à lembrança
A grandeza da Pátria nos traz.


Recebe o afeto que se encerra
em nosso peito juvenil,
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil!


Em teu seio formoso retratas
Este céu de puríssimo azul,
A verdura sem par destas matas,
E o esplendor do Cruzeiro do Sul.


Contemplando o teu vulto sagrado,
Compreendemos o nosso dever,
E o Brasil por seus filhos amado,
poderoso e feliz há de ser!


Sobre a imensa Nação Brasileira,
Nos momentos de festa ou de dor,
paira sempre, sagrada bandeira
Pavilhão da justiça e do amor!

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Gregório da Fonseca - outro nativo de novembro e membro da Academia Brasileira de Letras

                Cachoeira do Sul tem dois filhos membros da Academia Brasileira de Letras. E, coincidentemente, estes dois cachoeirenses nasceram no mês de novembro: João Neves da Fontoura, no dia 16, e Gregório da Fonseca, no dia 17.
     Nascido em 1875, Gregório Porto da Fonseca era filho de Marcos Gonçalves da Fonseca Ruivo e de Luiza Mariana Porto da Fonseca. Era casado com Argentina Valdetaro, com quem teve cinco filhos: Marcos, Maria Elisa, Ruth, Eduardo e Alfredo.
     Sua formação como engenheiro pela Escola Militar de Porto Alegre não foi impeditivo para que se dedicasse, nas horas vagas, à literatura. A arte de escrever o fascinava desde a adolescência. Com 15 anos, na cidade natal, foi demitido pelo proprietário da loja onde trabalhava como caixeiro de tanto recitar versos em voz alta! E Olavo Bilac já era de longe o seu mais apreciado poeta. Mais tarde, quando a carreira militar o levou para o Rio de Janeiro, tornou-se amigo de Bilac, sendo seu incentivador na campanha cívica que empreendeu pelo país.
     Gregório da Fonseca publicou seu primeiro livro em 1907 – poemas. Depois publicou ensaios e obras biográficas. Dizem que muitos dos discursos proferidos pelo presidente Getúlio Vargas, de quem se tornou Secretário, saíram da lavra de Gregório.
     Indicado pelo presidente para a Embaixada do Brasil no Vaticano, Gregório da Fonseca não chegou a assumir o posto, pois faleceu em 23 de abril de 1934, no Rio de Janeiro.
    

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Administração pós-proclamação da República em Cachoeira

               
           Ao ser proclamada a República, a 15 de novembro de 1889, reuniram-se, no dia 18 do mesmo mês e ano, os vereadores de Cachoeira sob a presidência de Crescêncio da Silva Santos e com a presença dos membros Antônio Nelson da Cunha, Joaquim Gomes Fialho, Cincinato de Sampaio Ribeiro, Josino Outubrino de Lima, João Jorge Krieger e João T. de Menezes Júnior, os quais passaram o seguinte telegrama ao Marechal Visconde de Pelotas, que assumira o governo provisório do Rio Grande do Sul:
         “A Câmara Municipal de Cachoeira, aplaudindo a atitude calma e digna do Povo Brasileiro, presta a sua adesão a V.Excia., certa de que V.Excia. trabalhará pela prosperidade e integridade da grande Pátria Brasileira.”
         O curioso, nesta ata, lavrada no livro das Sessões da Câmara, é a assinatura, em belo cursivo, do Dr. Borges de Medeiros, logo após as dos vereadores e do Tenente Coronel Salgado, assinando-a ainda outros, como os cidadãos Isidoro Neves da Fontoura, Augusto Brandão, Felippe Moser e Alarico Ribeiro.
Alarico Ribeiro
Augusto Brandão

         A 7 de janeiro foi empossada, por ordem do governo provisório, uma junta governativa do Município, composta de João Ferreira B. e Silva como seu presidente, Antônio Nelson da Cunha e Isidoro Neves da Fontoura, servindo como secretário da mesma o cidadão Manoel Teixeira Cavalheiro que foi substituído, mais tarde, por Alarico Ribeiro, poeta, jornalista e propagandista da República.
(Extraído de História de Cachoeira, de Paranhos Antunes, 1930)

domingo, 13 de novembro de 2011

João Neves da Fontoura - ilustre nativo de novembro

                João Neves da Fontoura, certamente o mais proeminente político cachoeirense, nasceu em Cachoeira a 16 de novembro de 1887, filho do Cel. Isidoro Neves da Fontoura e de Adalgisa Godoy da Fontoura.
            De sólida formação secundária e acadêmica, tendo concluído o curso de Direito com apenas 21 anos, João Neves conviveu com personalidades políticas grandiosas de seu tempo, como Borges de Medeiros e Getúlio Vargas. O primeiro o encaminhou para a política, que já estava no seu sangue em função do pai, incentivando-o a assumir a administração municipal quando o Intendente Francisco Gama, doente, não podia mais encarregar-se de suas funções. Na condição de Vice-Intendente, dirigiu Cachoeira de 1925 a 1928, época do nosso maior desenvolvimento urbanístico. Com o segundo, de quem foi vice no governo do Estado, teve rupturas e aproximações ao longo de suas trajetórias políticas.

            Com saúde frágil, João Neves, que era homem de pequena estatura, mas que crescia quando tomava a palavra para si, teve que afastar-se de Cachoeira diversas vezes para tratamento de problemas pulmonares. Era seu médico particular o também político Balthazar de Bem.
            Nas idas e vindas a terra natal, estabeleceu-se com banca de advocacia, tendo composto com Maurício Cardoso e Odon Cavalcanti relações de trabalho na área do Direito, naturalmente estendidas para a política, tendo sido deputado estadual por duas legislaturas, deputado federal, Vice-Presidente do Estado, Embaixador do Brasil em Portugal e Ministro das Relações Exteriores.
            João Neves da Fontoura foi membro das Academias Rio-Grandense e Brasileira de Letras. Seu livro Memórias, em dois volumes, é importante registro do período de Borges de Medeiros à frente do Rio Grande do Sul e da Revolução de 1930, momento político do país em que teve participação importante.
João Neves com o fardão da ABL

            João Neves, que era casado com a cachoeirense Iracema Barcellos de Araújo, teve três filhos. Morreu no Rio de Janeiro, em 31 de março de 1963. Em sua homenagem, Cachoeira denominou uma escola, uma avenida e o Palácio Legislativo, sede da Câmara Municipal.
           
           

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

DVD Cachoeira 100 anos depois

   De um trabalho conjunto do memorialista Claiton Fernando Nazar e da equipe do Museu Municipal de Cachoeira do Sul - Patrono Edyr Lima surgiu o DVD Cachoeira 100 anos depois. Adquira o seu exemplar a R$ 10,00, no Museu Municipal, e desfrute das imagens de uma cidade que foi modificada em sua paisagem, mas que ainda conserva elementos que continuam a nos encher de orgulho de nossa história. Aproveite também para presentear seus amigos, familiares e visitantes no Natal que se aproxima.
   Boa viagem no tempo!

Capa do DVD

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Dr. Balthazar de Bem

        Poucos personagens da nossa história têm o privilégio de atravessar o tempo, emergindo do passado com presença tão significativa no presente. Balthazar de Bem é um deles.
         Médico e político com passagem marcante pela vida pública de Cachoeira a partir da primeira década do século XX, foi Intendente e também importante criador e industrialista. Sua Granja da Penha introduziu no município a raça Devon, e a Charqueada do Paredão, sob sua administração, fabricava e comercializava para todo o país o Alimento Fabini, espécie de caldo de carne do passado, resultante de fórmula que reunia glúten, cereais e extrato de carne.

Charqueada do Paredão
         Homem elegante, capaz de construir para a sua família um palacete, atualmente ocupado pela Casa de Cultura Paulo Salzano Vieira da Cunha, Balthazar de Bem também era humanitário. São relembradas até hoje suas provocações à cidade de seu tempo, quando brancos e negros não deviam se misturar socialmente, ocupando lugares separados na Praça José Bonifácio, principal ponto de encontro da população. Um belo dia resolveu vestir sua criadagem com requintados trajes, fazendo-a desfilar em plena Rua 7 de Setembro, escandalizando os puristas da época.

Balthazar (sentado) com a família em sua residência
(atual Casa de Cultura Paulo S. V. da Cunha)

         Médico e amigo de João Neves da Fontoura, Balthazar de Bem militava no mesmo partido político dos Fontoura, o PRR - Partido Republicano Rio-Grandense.
         Em 1924, quando no dia 9 de novembro houve um levante militar com reunião de tropas no Barro Vermelho, Balthazar de Bem seguiu até lá para interferir na contenda. Foi alvejado por um tiro. Transportado em seu automóvel às pressas para a cidade, médico que era, alertou seus acompanhantes de que não sobreviveria. Morreu aos 47 anos no dia 10.
Empreendedor e popular, muito ainda poderia ter dado à cidade que adotou como sua. Deixou viúva a senhora Marina Mattos de Bem e três filhos. Para homenageá-lo, em março de 1925, a Praça Almirante Tamandaré recebeu o seu nome e hoje, transcorridos 87 anos de sua morte, ainda se faz presente em nosso cotidiano cada vez que cruzamos a Praça Balthazar de Bem, principal cartão-postal da cidade.
Praça Balthazar de Bem
(antigas denominações: Praça do Prestes,  Praça da Igreja
e Praça Almirante Tamandaré)
Fotos antigas: fototeca Museu Municipal
Foto atual: Henrique Witeck

domingo, 6 de novembro de 2011

Novembro Cultural

   O Núcleo Municipal da Cultura e a Associação Cachoeirense de Amigos da Cultura - AMICUS promovem, durante o mês de novembro, o NOVEMBRO CULTURAL, conjunto de atividades que buscam marcar o mês em que ocorre o Dia Nacional da Cultura (dia 5 de novembro) com oferta variada de momentos culturais à comunidade.
   Prestigie!

A cultura é o resultado do saber, do fazer e do aprender.
O Núcleo Municipal da Cultura e seus departamentos culturais, juntamente com a Associação Cachoeirense de Amigos da Cultura – AMICUS convidam para:
- Dia 3 de novembro, quinta-feira:
Palestra Instrumentos para Defesa do Meio Ambiente Cultural – Prof. Dr. Jerônimo S. Tybusch
Local: Salão Social Residencial União de Moços – 20h
Rua Sete de Setembro, 744
Coordenação: COMPAHC

- Dia 7 de novembro, segunda-feira:
Oficina de Teatro – Vanius Rocha
Local: Auditório da Casa de Cultura Paulo S. V. da Cunha – 19h30
Coordenação: Biblioteca Pública Municipal “Dr. João Minssen”

- Dia 9 de novembro, quarta-feira:
 Palestra Avaliação de Políticas Públicas - Profª Marília Patta Ramos, PhD - UFRGS
Local: Auditório do Centro de Educação a Distância do Vale do Jacuí – 20h (antiga UAB)
Apoio: Centro de Educação a Distância do Vale do Jacuí

- Dia 10 de novembro, quinta-feira:
Recital de alunos de Cláudio Machado e Dionatan Silva – Oficina de Violão do Atelier Livre Municipal
Local: Auditório da Casa de Cultura Paulo S. Vieira da Cunha – 19h30
Coordenação: Atelier Livre Municipal Profª Eluiza de Bem Vidal

- Dia 16 de novembro, quarta-feira:
Palestra e Exposição Revisitando o Panteão Africano - Luciano I. Scherer
Local: Hall e Auditório da Casa de Cultura Paulo S. Vieira da Cunha – 19h
Coordenação: Museu Municipal de Cachoeira do Sul – Patrono Edyr Lima

- Dia 18 de novembro, sexta-feira:
Apresentação Talentos Negros
Local: Auditório da Casa de Cultura Paulo S. V. da Cunha – 20h
Coordenação: Maria de Lourdes Soares Machado – Associação Recreativa Cultural Amigos da Arte e do Esporte

- Dia 22 de novembro, terça-feira:
Oficina de Gastronomia com a Chef Dodô Machado
Informações e inscrições: AMICUS – Casa de Cultura Paulo S. Vieira da Cunha –
3724-6015/3724-6080

- Dia 23 de novembro, quarta-feira:
Leituras Obrigatórias – Prof.ª Ana Lariça de Mello
Local: Auditório da Casa de Cultura Paulo S. Vieira da Cunha, 19h às 21h
Atividade aberta à comunidade
Coordenação: Biblioteca Pública Municipal “Dr. João Minssen”

- Dia 24 de novembro, quinta-feira:
Momento Cultural Quinta Justa – Grupo Musical do Atelier Livre
Local: Auditório da Casa de Cultura Paulo S. V. da Cunha – 20h
Entrada franca
Coordenação: Atelier Livre Municipal Prof.ª Eluiza de Bem Vidal

- Dia 25 de novembro, sexta-feira:
Jantar comemorativo aos 65 anos da Biblioteca Pública Municipal “Dr. João Minssen” e
25 anos do Parque Municipal da Cultura
Animação musical de Cláudio Machado, Dionatan Silva e Dienifer Brum
Local: Café Florença – 20h
Valor: R$ 23,00
Coordenação: Biblioteca Pública, Jardim Botânico/Zoológico e Museu Municipal

- Dia 30 de novembro, quarta-feira:
Exposição Povoadores de Cachoeira e seus descendentes em 2011 – Arquivo Histórico
Local: Hall da Casa de Cultura Paulo S. Vieira da Cunha – 18h
Coordenação: Arquivo Histórico do Município de Cachoeira do Sul






sábado, 5 de novembro de 2011

Um túmulo... um segredo...

            Transcorrido o feriado de Finados, tradicional data em que os vivos relembram seus mortos, é importante destacar que os cemitérios não são apenas espaços de memórias afetivas, mas também excepcionais espaços de memória histórica, guardando os traços culturais da comunidade.
            No Cemitério das Irmandades, o mais antigo de nossa cidade, há uma lápide bastante antiga que registra um dos crimes que ceifou a vida de um homem que foi responsável por grande parte das obras urbanas que deram novo aspecto à acanhada Vila da Cachoeira no século XIX.
            Este homem, um português chamado José Ferreira Neves, era pedreiro de profissão. Executou muitas obras importantes, dentre elas a do nivelamento da Praça da Igreja, atual Praça Balthazar de Bem, no ano de 1852. O nivelamento exigiu a remoção de grande quantidade de terra em torno da Igreja Matriz. E como a Vila precisava “domar” as sangas que a cortavam em todas as direções, toda a terra retirada foi aproveitada para o atulhamento das sangas da Micaela e Lava-Pés.
            José Ferreira Neves foi assassinado, vinte e cinco anos depois desta obra, na porta da casa de Manoel José Fialho Júnior, na Rua Sete de Setembro. Crime passional? Acerto de contas? A lápide do Cemitério, uma das mais interessantes ainda lá existentes, guarda este segredo sob a inscrição: Aqui jazem os restos mortais de José Ferreira Neves, nascido a 23/12/1820 e assassinado barbaramente a 9/7/1877”.

Túmulo de José Ferreira Neves - Cemitério das Irmandades
Fotos: Méia Albuquerque