Espaços urbanos

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Centro Histórico - foto Catiele Fortes

domingo, 13 de novembro de 2011

João Neves da Fontoura - ilustre nativo de novembro

                João Neves da Fontoura, certamente o mais proeminente político cachoeirense, nasceu em Cachoeira a 16 de novembro de 1887, filho do Cel. Isidoro Neves da Fontoura e de Adalgisa Godoy da Fontoura.
            De sólida formação secundária e acadêmica, tendo concluído o curso de Direito com apenas 21 anos, João Neves conviveu com personalidades políticas grandiosas de seu tempo, como Borges de Medeiros e Getúlio Vargas. O primeiro o encaminhou para a política, que já estava no seu sangue em função do pai, incentivando-o a assumir a administração municipal quando o Intendente Francisco Gama, doente, não podia mais encarregar-se de suas funções. Na condição de Vice-Intendente, dirigiu Cachoeira de 1925 a 1928, época do nosso maior desenvolvimento urbanístico. Com o segundo, de quem foi vice no governo do Estado, teve rupturas e aproximações ao longo de suas trajetórias políticas.

            Com saúde frágil, João Neves, que era homem de pequena estatura, mas que crescia quando tomava a palavra para si, teve que afastar-se de Cachoeira diversas vezes para tratamento de problemas pulmonares. Era seu médico particular o também político Balthazar de Bem.
            Nas idas e vindas a terra natal, estabeleceu-se com banca de advocacia, tendo composto com Maurício Cardoso e Odon Cavalcanti relações de trabalho na área do Direito, naturalmente estendidas para a política, tendo sido deputado estadual por duas legislaturas, deputado federal, Vice-Presidente do Estado, Embaixador do Brasil em Portugal e Ministro das Relações Exteriores.
            João Neves da Fontoura foi membro das Academias Rio-Grandense e Brasileira de Letras. Seu livro Memórias, em dois volumes, é importante registro do período de Borges de Medeiros à frente do Rio Grande do Sul e da Revolução de 1930, momento político do país em que teve participação importante.
João Neves com o fardão da ABL

            João Neves, que era casado com a cachoeirense Iracema Barcellos de Araújo, teve três filhos. Morreu no Rio de Janeiro, em 31 de março de 1963. Em sua homenagem, Cachoeira denominou uma escola, uma avenida e o Palácio Legislativo, sede da Câmara Municipal.
           
           

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