O dia 17 de agosto, Dia do Patrimônio Histórico, vai se revestir, em 2012, de caráter especial: neste dia o maior símbolo de Cachoeira do Sul, o Château d’Eau, e de longe o espaço urbano mais fotografado da cidade será tombado como bem do patrimônio histórico. Seu nome, com a descrição da arquitetura e aspecto artístico, será transcrito no Livro Tombo e constituir-se-á no décimo terceiro bem tombado de Cachoeira do Sul.
A história do Château d’Eau remonta à metade da década de 1920, quando os serviços de saneamento e distribuição de água na cidade tornaram-se alvo, mais uma vez, da administração municipal, dessa vez sob o comando do Dr. João Neves da Fontoura.
A distribuição de água começou a ser feita em algumas ruas da cidade com a construção e funcionamento da primeira hidráulica, inaugurada em 20 de setembro de 1921, nas proximidades do Hospital de Caridade. Quatro anos depois, em 1925, com a segunda hidráulica, também a zona alta da cidade passou a ter água encanada. E é justamente no complexo da segunda hidráulica que entra o Château d’Eau, reservatório elevado que atuava no recalque de água e a distribuía até o reservatório enterrado, ou R2, situado na Rua Júlio de Castilhos e hoje integrante da Praça Borges de Medeiros.
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Reservatório R2, integrante da 2.ª Hidráulica (1925)
- fototeca Museu Municipal |
A arquitetura do Château d’Eau foi projetada pelo engenheiro Walter Jobim e os cálculos e estabilidade do conjunto pelo Dr. Antônio de Siqueira. As estátuas de ninfas e do Netuno, no alto do reservatório, foram projetadas por Giuseppe Gaudenzi e executadas nas oficinas de J. Vicente Friedrichs, de Porto Alegre.
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Ninfa - foto Jorge Ritter |
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Netuno - foto Jorge Ritter |
Ocupando o canteiro central da Praça Dr. Balthazar de Bem, o Château d’Eau completa com a Catedral e a antiga Prefeitura Municipal um dos mais imponentes conjuntos arquitetônicos do Rio Grande do Sul.
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Vista aérea da Praça Balthazar de Bem - Facebook |
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Château d'Eau - foto Robispierre Giuliani |