Espaços urbanos

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Ponte do Fandango - foto Robispierre Giuliani

domingo, 24 de novembro de 2013

Nero Moura - um cachoeirense pelos céus

O cachoeirense Nero Marques Moura fez história singrando os céus do Brasil e do mundo.
Nascido em Cachoeira no dia 30 de janeiro de 1910, Nero Moura ingressou no Colégio Militar em Porto Alegre, seguindo os estudos na Escola Militar do Realengo, no Rio de Janeiro, onde optou pela aviação, então uma das armas do Exército Brasileiro.
Sua carreira de aviador foi muito bem sucedida, com destaque para o comando de 32 pilotos nos céus da Itália durante a II Guerra Mundial.

Nero Moura à frente de um P47

Homenageado pela terra natal com busto junto ao Aeródromo Nero Moura, tem agora a companhia de um avião Xavante doado pela Força Aérea Brasileira, constituindo-se Cachoeira do Sul a única cidade brasileira a possuir uma aeronave deste tipo sem ter base aérea.

Xavante e busto de Nero Moura - foto David K. Minuzzo





sexta-feira, 15 de novembro de 2013

15 de Novembro em Cachoeira

      Já vai longe o tempo em que as escolas, os poderes constituídos e outras instituições da cidade comemoravam com festas, atividades cívicas e distinções no calendário a data dedicada à proclamação da República.
        Eram comuns as comemorações em torno do prédio do Paço Municipal, sede do governo do Município desde 1865. A Praça Dr. Balthazar de Bem, ou mesmo antes de assim ser denominada, enfeitava-se para celebrar a data. Desfiles temáticos eram levados a efeito em torno daquele logradouro e, a partir de 1915, com a presença do Colégio Elementar Antônio Vicente da Fontoura, os professores e alunos daquele educandário faziam suas sessões cívicas à República naquele local.

Flagrante de comemoração de data cívica na Praça Dr. Balthazar de Bem
- cartão-postal da fototeca do Museu Municipal


        Hoje, a exemplo de tantas outras datas esquecidas, a de 15 de Novembro, que aliás dá nome à rua que passa defronte ao Paço Municipal, sequer nos faz lembrar o ato do Marechal Deodoro da Fonseca, aquele que nutria, tal qual Silveira Martins, o amor pela mesma mulher. Mas esta já é outra história...

domingo, 10 de novembro de 2013

Dr. Balthazar de Bem e Fábio Leitão: 89.º aniversário de falecimento

               Os ânimos estavam acirrados em 1924 em todo o país. Revoltados com a política oligárquica do presidente Arthur Bernardes, os militares começaram um movimento na cidade de São Paulo, com forte influência sobre o Exército no Rio Grande do Sul.
          Em Cachoeira, alguns militares do 3.º Batalhão de Engenharia, comandados pelo capitão Fernando do Nascimento Fernandes Távora, protagonizaram o levante do Barro Vermelho, episódio ocorrido no dia 10 de novembro de 1924 e que entrou para a história por ter tirado a vida do Dr. Balthazar de Bem, um dos mais influentes políticos de Cachoeira no primeiro quartel do século XX, médico humanitário, empresário e empreendedor. Neste mesmo episódio, pereceu o jornalista Fábio Alves Leitão, simpatizante das ideias dos revoltosos.

Dr. Balthazar de Bem - fototeca Museu Municipal

              Balthazar de Bem, alvejado por um tiro, faleceu a caminho do socorro. Antes preveniu aos que o socorreram que não sobreviveria. Como médico, percebeu a gravidade do seu ferimento. O jornalista Fábio Leitão, que recebeu vários tiros no abdômen, só teve o corpo resgatado cinco dias depois.

Fábio Alves Leitão - acervo família Leitão


                

domingo, 3 de novembro de 2013

Série Lojas do Passado: Viúva José Müller & Cia.

Segundo a Revista Aquarela (Tipografia Guidugli 1959):
Como quase todo estrangeiro, José Müller saiu de sua terra natal, Radl, localidade da Áustria/Hungria, com parcos recursos, passando por situações difíceis. 


Cartões-postais de Radl, acervo família Ernesto Müller

Depois de várias experiências de trabalho em outros pontos do município, veio residir na cidade de Cachoeira, estabelecendo-se com importante casa comercial intitulada José Müller & Irmão. Muito cooperou em favor do desenvolvimento social, beneficente e recreativo de Cachoeira, tendo sido um dos fundadores da Schützen-Verein Eintrach, hoje Sociedade Rio Branco, em 1896. Era casado com Augusta Lange Müller, tendo os filhos Elza Müller Barz, casada com Emilio Barz, Luiza Müller Quambusch, casada com Walter Quambusch, Ida, Ana e Rodolfo Müller. Era irmão de Francisco, Carlos, Engelberto e Ernesto Müller, seu sócio. Depois de seu falecimento a firma passou a se chamar Viúva José Müller & Cia., sendo sócios Ernesto Müller, Emilio Barz, Walter Quambusch e Artur Mittelstaed.” 
Em 1925 a firma também tinha como sócios solidários Emilio Stracke e Benedicto Dicklhuber.
A firma Viúva José Müller & Cia. localizava-se na Rua Sete de Setembro, esquina com a atual Rua Dr. Milan Kras.

Viúva José Müller & Cia., ao fundo, no centro da foto - fototeca Museu Municipal