Espaços urbanos

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Centro Histórico - foto Catiele Fortes

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

8 de setembro de 1860 - atentado dentro da Igreja Matriz

ANTÔNIO VICENTE DA FONTOURA nasceu na vila de Rio Pardo em 8 de junho de 1807 e faleceu em Cachoeira no dia 20 de outubro de 1860. Era filho de Vicência Cândida da Fontoura e de Eusébio Manoel Antônio, relojoeiro português, natural de Lisboa. Seus pais, apesar de muito pobres, preocuparam-se desde cedo com a educação do filho, proporcionando-lhe aulas com uma professora particular, pois as aulas públicas só foram instaladas em Rio Pardo no ano de 1820.
       Aos quinze anos, Antônio Vicente começou a trabalhar como caixeiro em uma casa comercial de amigo de seu pai. Por volta de 1826, transferiu-se para Cachoeira, onde, em 1829, estabeleceu-se como comerciante. Nesse mesmo ano casou-se com Clarinda Porto da Fontoura, filha do tenente José Gomes Porto e de D. Luzia Francisca de Almeida. Tiveram 14 filhos: Antônio Eusébio, José Propício, Afonso, Francisco, Bento, João Propício, Tito Castilhos, Clarinda, Josefina, Gabriela, Maria Egípcia, Vicência Cândida, Antoninha e Luzia.
Com 22 anos, ingressou na vida pública, desempenhando ao longo de sua vida vários cargos e funções: vereador da Câmara de Cachoeira (1829 – 1836), capitão da Guarda Nacional (1832), juiz ordinário (1833), major de Legião de Guardas Nacionais da Comarca de Rio Pardo (1835), coletor geral das Coletorias de Vacaria, Cruz Alta, Santa Maria, São Gabriel, Cachoeira e Rio Pardo (1838), ministro da fazenda do Governo Republicano (1841), deputado à Assembleia Constituinte e Legislativa do Estado Farroupilha (1842), chefe do Partido Santa Luzia (liberal), embaixador da paz nas negociações e assinatura da Paz de Ponche Verde (1845), presidente da Câmara Municipal de Cachoeira (1853 a 1856).
Por ocasião das eleições para juiz de paz, no dia 8 de setembro de 1860, em dependências da Igreja Matriz, Antônio Vicente sofreu um atentado a punhal do liberto Manoel Pequeno. Crime político e encomendado.

Antiga Igreja Matriz
A medicina da época não dispunha dos recursos capazes de salvar a vida de Antônio Vicente. O ferimento provavelmente infeccionou todo o organismo do Comendador que morreu no dia 20 de outubro, pedindo aos filhos que não vingassem a sua morte.

                       
                                                                                    

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