Espaços urbanos

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Centro Histórico - foto Catiele Fortes

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Subida dos Bancos

Segundo informações da professora Jussara Torrano Lawall, José Torrano, por volta de 1924-1926, veio de Porto Alegre com dois companheiros, um deles Manoel Medeiros Júnior, para trabalhar no calçamento das ruas da cidade de Cachoeira. Eram tempos de grandes melhorias urbanas e que ficaram na história como os anos de ouro do embelezamento da cidade e de significativos investimentos nos serviços básicos.

O famoso trecho da Rua Sete de Setembro, conhecido popularmente como o da “subida dos Bancos” foi calçado por eles, assim como a Rua 15 de Novembro, fronteira à Prefeitura Municipal. Estes trechos apresentam calçamentos decorados, constituindo-se em verdadeiras obras de arte. Presume-se que o trecho da Rua Sete tenha sido assim decorado como forma de dar "boas vindas" aos visitantes chegados na Estação da Viação Férrea, instalada nas proximidades.
Foto de Regina Buss - acervo COMPAHC
Foto de Regina Buss - acervo COMPAHC

Foto de Regina Buss - acervo COMPAHC
E justamente agora, quando celebramos o feriado religioso de Corpus Christi1, vem à memória a lembrança de que o famoso trecho decorado da Rua Sete foi, por muitos anos, atapetado pelos fiéis católicos. Além da Rua Sete, também a rua fronteira à nossa Catedral e a que circunda a Praça Balthazar de Bem eram utilizadas - e ainda o são - como bases para os conhecidos tapetes confeccionados com materiais diversos para a procissão de Corpus Christi. No entorno da Catedral a tradição se mantém. Na “subida dos Bancos”, sucumbiu. Talvez pelo descaso a que aquele belo trecho tem sido submetido ao longo dos anos, vitimado pelas águas inclementes das chuvas que descem rolando a Sete e pelas sucessivas retiradas dos paralelepípedos para todo tipo de “conserto”.

Conserto?

Foto de Regina Buss - acervo COMPAHC

1 Expressão latina que significa “corpo de Cristo” e que representa uma festa que celebra a presença real e substancial de Cristo na Eucaristia. A data de Corpus Christi é celebrada 60 dias após a Páscoa, recaindo entre 21 de maio de 24 de junho.

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